Talvez você já tenha percebido ou começou a perceber, que em alguns momentos do dia aparece uma ou mais manchinhas escuras na sua visão. Elas geralmente parecem pequenos insetos ou letrinhas chinesas que se deslocam de um lado para o outro conforme você move sua cabeça. Algum tempo depois, você deixa de percebê-las.
Estas são as famosas “moscas volantes”. Muitos ficam preocupados com a possibilidade de ser algo grave e que possa prejudicar a visão. Apesar de ser necessário uma avaliação oftalmológica, na maioria das vezes, elas não refletem maiores riscos à visão.
Trata-se de um termo médico utilizado para descrever pequenas degenerações que ocorrem no vítreo (espécie de gel que preenche o interior do olho). O vítreo pode mudar de viscosidade ao longo da vida e formar pequenos grumos que visualmente são percebidos como se fossem moscas volantes. Muitos acabam se acostumando com a presença dessas pequenas manchinhas, visto que a percepção delas é transitória e nosso cérebro tem a tendência de eliminar tais imagens do nosso foco principal. No entanto, aqueles que percebem as moscas volantes pela primeira vez, reclamam mais dos sintomas.
O que fazer então?
Todos aqueles que começam a ver pela primeira vez essas manchinhas ou algo parecido, devem procurar seu oftalmologista para uma avaliação. Apesar de menos comum, as moscas volantes podem estar associadas com roturas, ou até mesmo, descolamento da retina. Esta última sim, é potencialmente grave se não tratada rapidamente.
As moscas volantes desaparecem algum dia?
Não, infelizmente. Nem há tratamento ou cirurgia específica para isso. No entanto, a tendência é que você perceba cada vez menos tais manchinhas. Quanto mais o tempo passa, menor o incômodo visual, graças à fantástica plasticidade ou adaptação que o nosso sistema visual possui.